7 previsões para o mundo pós-coronavírus
Postagem do dia 29 de abril de 2020, no antigo Blog Vollenz
A pandemia do novo coronavírus será lembrada como o momento em que o mundo teve de se reorganizar de certas maneiras. Por mais que leve algum tempo, tudo deve ser reestabelecido e o comportamento social deve ser mudado de certa forma.
Para entender como isso deve ocorrer, veja algumas mudanças que a pandemia do novo coronavírus deve trazer para o mundo:
1. Consumo de produtos e serviços pela internet
A mudança mais perceptível está ligada ao consumo de bens e serviços digitais. Serviços de venda de produtos online, conhecidos como e-commerce, viram a demanda por entregas crescer muito, conforme as pessoas se afastavam de todo e qualquer serviço que exige contato físico.
A Amazon, por exemplo, anunciou a contratação de 75 mil novos funcionários em meio à pandemia. Essa decisão foi tomada para dar conta da crescente demanda. A rotina de compras deve moldar os modos de adquirir produtos no futuro, dessa forma, comprar e receber em casa será a preferência.
2. Trabalho remoto
Uma das primeiras decisões tomadas pelas empresas para garantir a segurança de seus funcionários é a adoção do trabalho remoto. Usando aplicativos como Zoom, Microsoft Teams e Google Duo, a comunicação e realização de reuniões foram facilitadas. Com essas alternativas, as empresas podem perceber que a ideia de flexibilizar os horários e demandas para que sejam realizados em casa pode ser uma opção viável para diminuir custos em um momento pós-crise.
No entanto, há um porém. O regime de home office pode causar uma desaceleração no setor imobiliário comercial. Isso porque,à medida que empresas percebem que podem realizar tarefas remotamente, haverá uma diminuição dos espaços de trabalho.
3. Automatização de trabalhos
Infelizmente, um dos males trazidos pelo novo coronavírus foi a onda de demissões para que as empresas sobrevivam à crise. Algumas delas foram obrigadas a automatizar alguns serviços, enquanto criavam a modalidade de trabalho remoto para outras demandas que exigem mais do que um simples apertar de botões.
Quando tudo isso acabar, pode ser possível que a automatização de alguns serviços se mantenha.
4. Uso da telemedicina
Com a crise, países como os Estados Unidos flexibilizaram algumas barreiras impostas à adoção da telemedicina. Agora, os médicos dessa modalidade podem realizar consultas pela internet e enviar documentos por e-mail.
Embora essas medidas sejam temporárias, aqueles que já tiveram experiências de diagnóstico a distância, podem não querer abrir mão de certas comodidades que o serviço pode oferecer.
5. Ensino superior
Com as recomendações de fechamento das instituições de ensino, muitas faculdades preferiram ministrar suas aulas totalmente online. Aqui no Brasil, essa modalidade é adotada por algumas faculdades particulares, mas muitos ainda torcem o nariz para a ideia de estudar em casa.
Com a obrigatoriedade, essas pessoas puderam perceber que o sistema pode ser efetivo, fazendo com que uma possível flexibilização da grade de estudo seja implementada em cursos de educação superior.
6. Importação de bens
Com a pandemia, fronteiras foram fechadas, impedindo que produtos circulem entre países. Após o isolamento, pode ser que ainda haja uma diminuição no transporte de produtos para que países se recuperem economicamente e, por isso, focam em produção local para abastecer os comércios – um dos setores mais afetados pela pandemia.
Além disso, governos que adotaram medidas emergenciais nas fronteiras para diminuir o impacto da crise podem ter certa relutância em abandonar os hábitos de proteção. Atualmente, as fronteiras que ainda estão abertas utilizam triagem biométrica para detectar o vírus e impor quarentenas obrigatórias aos viajantes que chegam de determinados países.
7. Cooperação
Após todos os problemas enfrentados, os países podem começar a reconhecer que ameaças tecnológicas e virais existem e, portanto, requerem cooperação internacional. Adotando um senso de ajuda, os locais podem aderir normas internacionais, sistemas de monitoramento e elaboração de relatórios que coordenariam planos de resposta e contingência.
A ideia é que, quando uma próxima pandemia ocorrer, os sistemas globais de monitoramento e geração de relatórios a detectarão mais cedo. Uma resposta global coordenada pode fazer com que ameaças semelhantes ao novo coronavírus possam ter respostas mais efetivas.
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