Coitadinha: infantilização é desafio encarado por mulheres com deficiência
Postagem do dia 28 de setembro 2022, no antigo Blog Vollenz
Mulheres com deficiência são aproximadamente 26 milhões no Brasil, chegando próximo de 14% da população, segundo o IBGE. Mesmo com essa quantidade, elas ainda encaram uma sociedade preconceituosa e capacitista, quando ouvem expressões como "coitadinha, anjinho", muitas vezes acompanhadas com tom infantil e de deboche.
Essa infantilização vai além e afeta o dia a dia, o trabalho, relacionamento amoroso, a maternidade. Carregados por estereótipos, sendo inferiorizadas e infantilizadas. Dessa forma, tendo que provar a todos que são capazes, buscando seu espaço e tendo que lutar, mesmo cansadas disso tudo.
"Parentes muito próximos falaram na minha cara que, por eu precisar de cuidador, seria um 'peso' para as pessoas ao meu redor se eu tivesse um filho e precisasse de ajuda para cuidar da criança também". "Meu último ex-namorado disse que queria terminar comigo porque não iria esperar a minha mãe morrer para ter que cuidar de mim." Esses são alguns depoimentos de mulheres que passaram por tal situação.
Podemos ver a infantilização em relacionamentos amorosos, fazendo com que essas mulheres sejam abusadas e ficarem marcadas pelo medo e insegurança, além de achar que esse estigma de incapacidade seja real.
Na maternidade, o estereótipo da infantilização entra quando as mulheres com deficiência não estão nas conversas sobre ter filhos. Trazem a todo tempo que elas não podem ser mães, por não serem capazes de suportar uma gestação, por não saberem cuidar ou então de nascerem com a mesma deficiência.
No mercado de trabalho, muitas portas se fecham e algumas nem se abrem para as mulheres com deficiência. Os pensamentos são de que elas não conseguem se impor, liderar, cumprir tarefas e em cargos considerados sem visão de crescimento. Assim as mulheres se veem inaptas para certos cargos, com isso têm que se desdobrar mostrando seus valores e suas habilidades para "caber" em lugares que não as representam.
Abordamos hoje um pouco sobre a infantilização. E os demais desafios que elas encontram muitas vezes, somente pelo fato de serem mulheres? Vale refletir que as pessoas com deficiência, indiferente do gênero, merecem oportunidade, respeito e viver com dignidade, como qualquer outra!
-
CADEIRA DE ACESSIBILIDADE PARA PISCINA - VOLLENZ AQUA
A cadeira de transferência Vollenz Aqua foi desenvolvida para pessoas que necessitam de acessibilidade à piscina. É ideal para ser instalada em academias, clubes, hotéis, condomínios e residências, auxiliando na reabilitação e permitindo momentos de lazer.