Isolamento de quarentena deixa idoso duplamente vulnerável à depressão
Postagem do dia 27 de maio de 2020, no antigo Blog Vollenz
Estudos mostram que pessoas idosas têm mais risco de desenvolver depressão por causa da degeneração cerebral. O quadro pode ser agravado pelo isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.
Ao envelhecer, o cérebro começa a degenerar, e perde neurônios que são responsáveis por estimular a produção de serotonina, dopamina e endorfina, conhecidos como "hormônios da felicidade". Por isso, o contato com outro ser humano é essencial para produzi-los.
Nesse contexto, idosos estão duplamente mais vulneráveis à doença: por causa da degeneração cerebral e da quarentena, que deve ser ainda mais rígida, já que eles fazem parte do grupo de risco da covid-19.
Percepção é mais difícil
Idosos, naturalmente, têm menos energia, por isso, pode ser mais difícil perceber que alguém nessa faixa etária está com depressão. Especialistas chamam a atenção para a mudança de comportamento em relação a atividades habituais.
Deixar de tomar banho, passar muito tempo na cama e preferir olhar o teto, ou ainda apresentar sintomas atípicos, como diminuição do apetite, aumento ou redução do sono, dor crônica e tontura, são sinais associados à depressão. Mas é importante ter a avaliação de um profissional a longo prazo.
Contato e terapia virtual
A depressão pode ser tratada por meio de medicamentos associados à terapia. Porém, a forma de tratamento depende muito dos sintomas de cada um, de acordo com o geriatra.
A família tem muita importância. Se você tem um parente que é deprimido, a tecnologia pode ajudar a manter contato com essa pessoa. Mesmo que virtual, a interação da família é muito benéfica para amenizar os efeitos da doença na quarentena. Mas, em casos mais graves, é necessária uma intervenção pessoalmente.
A terapia a distância é outra aliada. Há pouco tempo, estudiosos da área de psicologia acreditavam que a psicoterapia on-line não era tão efetiva quanto a presencial. Alguns ainda acreditam nisso, mas as evidências científicas sugerem que a eficácia é a mesma.
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