Simplicidade e respeito aos cidadãos com deficiência no Japão
Postagem do dia 29 de janeiro de 2020, no antigo Blog Vollenz
Esta reportagem mostra que, mesmo em um país conhecido pela tecnologia de ponta, a solução para respeitar os direitos pode vir de ideias bem simples.
O sinal sonoro para ajudar na travessia de deficientes visuais, mas em Tóquio, o barulhinho dá mais uma informação para quem se orienta andando pela cidade: som de cuco indica que está se seguindo na direção norte-sul, e o piu do passarinho, mostra que é leste-oeste.
A capital japonesa é acessível para pessoas com qualquer deficiência. Piso tátil e informações em Braille por toda parte. Nos locais públicos, como parques, há sempre um banheiro adaptado. Para os cadeirantes, calçadas planas, sem buracos e com rampas suaves para atravessar a rua.
O japonês é famoso por resolver seus problemas com tecnologia de ponta. Mas o que se percebe é que na questão da acessibilidade contam muito respeito, boa vontade e, muitas vezes, medidas simples.
Para alguém numa cadeira de rodas chamar um elevador, há um botão um pouco mais baixo só para cadeirantes. Rampas simples permitem o acesso aos ônibus, todos baixos, sem degraus, sem a necessidade de elevador hidráulico ou maquinário para levantar uma cadeira de rodas. O motorista prepara tudo rapidinho.
No metrô, quando há um passageiro que necessite de assitência, o funcionário liga para a estação de destino onde haverá alguém o aguardando. Na plataforma para entrar no vagão, a rampinha também é usada. Ou nem isso. Há casos em que praticamente não há vão – buraco entre o trem e a plataforma. Para desembarcar, lá está o outro funcionário a postos com a rampa.
“Não adianta você ter uma sinalização no chão ou um sinal sonoro se as pessoas não te respeitam. O começo de tudo é a educação da população. Em questão de querer ajudar o próximo e não querer atrapalhar ou tirar proveito” - palavras de um deficiente visual que mora no Japão.
Assista ä reportagem aqui:
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