Pessoas com deficiência têm 3 vezes mais risco de contrair coronavírus

Postagem do dia 10 de junho de 2020, no antigo Blog Vollenz

A possibilidade de contágio das pessoas com deficiência é maior porque a maioria delas precisa de apoio, seja físico ou de outras pessoas para atividades cotidianas. Paredes, corrimão e mesas são superfícies propícias de transmissão de microorganismos, e servem de apoio para pessoas com baixa autonomia.

Além disso, pessoas que necessitam de um cuidador precisam redobrar os cuidados de higiene e distanciamento. Cadeiras de rodas, muletas e bengalas precisam ser higienizadas com freqüência como medida de segurança.
 

GRUPO DE RISCO

Há pessoas com deficiência que também fazem parte do grupo de risco da covid-19. Estão incluídos nesse segmento indivíduos com síndrome de Down, autismo, lesão medular que leva à paraplegia e tetraplegia, sequelas graves de AVC e paralisia cerebral e doenças degenerativas como ELA (Esclerose Lateral  Amiotrófica) e Esclerose Múltipla.

Essas pessoas geralmente têm dificuldades para se comunicar, e podem não entendem as orientações de prevenção ou não conseguem expressar que estão com algum sintoma.

Tenha atenção especial com crianças com síndrome de Down. Elas apresentam cardiopatia congênita, que deixa o diafragma mais mole e gera dificuldade para respirar, baixa imunidade e macroglossia (crescimento anormal da língua), por isso ficam muito tempo com a língua exposta, propiciando a contaminação por vírus e bactérias.
 

PREVENÇÃO E PROTEÇÃO DOS DIREITOS

Mantenha os equipamentos individuais como andador, muletas e bengalas higienizadas com álcool 70 ou água sanitária. Ao chegar da rua, familiares e cuidadores devem fazer a higiene antes de qualquer contato. Utilize máscara de proteção e mantenha contato com as pessoas somente se necessário, e ambos devidamente higienizados. Se o cuidador tiver sintomas respiratórios, deve ser afastado imediatamente da pessoa com deficiência.